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Colheita de trigo no Brasil se aproxima do fim, mas mercado continua com baixa liquidez

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A colheita do trigo no Brasil está próxima de ser concluída, com 94,4% da área estimada já colhida nos oito principais estados produtores, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No entanto, o mercado continua enfrentando baixa liquidez e uma tendência negativa nos preços, apesar da recente valorização do dólar, que chegou a R$ 6,00. Para Evandro Oliveira, analista da Safras & Mercado, a alta cambial não foi suficiente para impulsionar os preços do trigo devido à retração na demanda interna e à pressão das cotações internacionais.

Progresso da colheita no Brasil

Até 24 de novembro, a Conab apontou que 94,4% da safra 2024 foi colhida nos estados de Goiás, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul, que representam 99,9% da produção nacional. Na semana anterior, o índice era de 88,6%, enquanto no ano passado, o mesmo indicador era de 96,5%.

Produção no Paraná e Rio Grande do Sul

No Paraná, o Departamento de Economia Rural (Deral) informou que a produção de trigo em 2024 deve totalizar 2,305 milhões de toneladas, uma queda de 37% em relação aos 3,655 milhões de toneladas colhidas em 2023. A área cultivada também deverá reduzir 18%, ficando em 1,147 milhão de hectares. A produtividade média está estimada em 2.034 quilos por hectare, uma queda em comparação aos 2.634 quilos por hectare registrados no ano passado.

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No Rio Grande do Sul, a colheita de trigo alcançou 97% da área plantada, um avanço de 9,4 pontos percentuais em relação à semana anterior, conforme dados da Emater/RS. Embora a produtividade e a qualidade dos grãos variem entre as diferentes regiões, o excesso de chuvas no Noroeste, Planalto Médio, Centro e Metade Sul comprometeu a produtividade e dificultou o manejo fitossanitário, favorecendo o surgimento de patógenos. Por outro lado, a colheita no Nordeste do estado tem apresentado resultados satisfatórios.

Situação na Argentina

Na Argentina, a colheita de trigo atingiu 38,7% da área, com a produção projetada em 18,6 milhões de toneladas, conforme a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. A área cultivada é estimada em 6,3 milhões de hectares, dos quais 6,203 milhões são aptos para a colheita. Até o momento, foram colhidas 5,089 milhões de toneladas ao longo de 2,399 milhões de hectares. No ano passado, a área plantada foi de 5,9 milhões de hectares.

A combinação desses fatores internos e externos continua impactando a dinâmica do mercado de trigo, com preços pressionados pela oferta abundante e a incerteza quanto à demanda futura.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Pool de sêmen suíno: uma alternativa eficaz para aumentar a produtividade e reduzir riscos nas granjas

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O uso do pool de sêmen suíno vem se destacando como uma prática inovadora e eficiente para a suinocultura, especialmente em países com grande produção suína, como os Estados Unidos e a Europa. No Brasil, no entanto, essa abordagem ainda é pouco disseminada, principalmente devido à limitada divulgação de seus benefícios, segundo Éder Batalha, médico-veterinário e especialista em Reprodução Animal.

O pool de sêmen consiste na combinação de ejaculados de diferentes reprodutores, escolhidos com base em características genéticas desejáveis, para formar uma única dose de sêmen. Essas doses são utilizadas em programas de inseminação artificial, permitindo que uma fêmea receba sêmen de vários machos na mesma inseminação. A seleção cuidadosa dos reprodutores visa transmitir genes que promovem características como ganho de peso, eficiência alimentar, qualidade da carne e resistência a doenças.

Entre as principais vantagens do pool de sêmen está a redução dos impactos negativos causados por problemas de fertilidade de um único macho. Quando um reprodutor apresenta baixa fertilidade, sua contribuição é compensada por machos com boa fertilidade, o que minimiza riscos reprodutivos. Esse processo pode aumentar a produtividade, com ganhos de até 0,5 leitão por leitegada em alguns casos. Além disso, o pool de sêmen ajuda a reduzir o impacto adverso do armazenamento prolongado das doses.

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Estudos têm demonstrado que o uso de pool de sêmen pode resultar em uma taxa de parição mais alta e um aumento no tamanho das leitegadas em comparação ao uso de sêmen de um único macho. Alguns estudos não observaram vantagens significativas em termos de taxa de fertilidade, mas também não registraram efeitos prejudiciais. Para as centrais de produção de sêmen, a técnica oferece benefícios operacionais, como maior agilidade nos processos de envase, menor desperdício de doses e redução dos custos de produção.

Um estudo realizado em 2024 pela Topigs Norsvin, envolvendo mais de 1.642 inseminações em granjas comerciais brasileiras, concluiu que o uso de pool de sêmen é viável e vantajoso. Os resultados apontaram uma redução de 4% na repetição de cio, melhorias na taxa de fertilidade e aumento da produtividade nas granjas.

Embora a adoção ampla do pool de sêmen ainda enfrente desafios no Brasil, sua aplicação representa uma grande oportunidade para a suinocultura nacional. Investir em pesquisa, capacitação técnica e na divulgação dos benefícios dessa prática é fundamental para que o setor possa aproveitar todo o seu potencial.

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Assim, o pool de sêmen suíno se consolida como uma ferramenta inovadora para a redução de riscos reprodutivos e como um pilar para o avanço da produtividade na suinocultura moderna.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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