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Dólar recua com expectativa de flexibilização nas tarifas dos EUA e negociações com a China

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Dólar inicia o dia em queda, influenciado por sinalizações do governo norte-americano

Na manhã desta terça-feira (15), o dólar passou a operar em baixa, após abrir em alta, sendo cotado a R$ 5,83 por volta das 9h21, com recuo de 0,21%. A movimentação reflete as expectativas do mercado diante de possíveis mudanças nas políticas tarifárias dos Estados Unidos.

Na segunda-feira (14), a moeda norte-americana já havia registrado queda de 0,34%, fechando cotada a R$ 5,8512. Com isso, acumula baixa semanal de 0,34%, valorização de 2,55% no mês e desvalorização de 5,32% no acumulado do ano.

Ibovespa segue em alta e mantém desempenho positivo no ano

Enquanto o dólar apresentava queda, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, abriu o pregão somente às 10h. No encerramento da véspera, registrou valorização de 1,39%, alcançando os 129.454 pontos.

Com esse resultado, o índice acumula alta de 1,39% na semana, recuo de 0,62% em abril e avanço de 7,62% no ano.

Mercado monitora desdobramentos do tarifaço imposto por Trump

Os investidores seguem atentos às repercussões do pacote tarifário anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Na última sexta-feira (11), houve certo alívio no mercado após o governo norte-americano anunciar a isenção de tarifas para smartphones, laptops e outros eletrônicos oriundos de mais de 180 países.

No entanto, no domingo (13), Trump contradisse a medida anterior ao afirmar que esses produtos não seriam liberados do tarifaço, mas passariam a integrar uma nova categoria tarifária. Apesar da ambiguidade, o mercado interpretou a fala como um possível sinal de disposição para negociações — especialmente com a China.

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Secretário de Comércio confirma novas categorias tarifárias

A confirmação veio nesta segunda-feira (14), quando o Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, declarou que o governo está avaliando a inclusão de produtos farmacêuticos e semicondutores em uma nova categoria de tarifas. A fala reforça a sinalização de que não houve um recuo nas tarifas aplicadas aos eletrônicos, mas uma reorganização estratégica.

Como resposta, a China anunciou nesta terça-feira (15) que suas companhias aéreas deixarão de receber entregas de jatos da Boeing. A decisão impactou diretamente as ações da fabricante norte-americana, que recuaram 3% no pré-mercado.

Comércio bilateral entre Brasil e EUA registra recorde histórico

Apesar das tensões comerciais globais, o Brasil alcançou um recorde na corrente de comércio com os Estados Unidos no primeiro trimestre de 2025. Segundo dados do Monitor do Comércio Brasil-EUA, elaborado pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), o fluxo comercial entre os dois países somou US$ 20 bilhões — o maior valor já registrado para o período desde o início da série histórica.

O resultado representa um crescimento de 6,6% em comparação ao mesmo período de 2024, com destaque para o aumento nas importações de produtos norte-americanos.

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Exportações chinesas surpreendem e superam projeções

Na China, os dados de exportações referentes ao mês de março também chamaram a atenção do mercado. As vendas externas do país cresceram 12,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior, o melhor desempenho em cinco meses, e muito acima da expectativa de 4,4% apontada por economistas consultados pela agência Reuters.

Esse crescimento expressivo é atribuído à antecipação dos embarques por parte dos exportadores chineses, que buscaram evitar os efeitos do tarifaço anunciado por Trump.

Impactos potenciais do tarifaço na economia global

Analistas alertam que o avanço das tarifas pode agravar as tensões entre as maiores economias do mundo, especialmente entre Estados Unidos e China. As consequências esperadas incluem:

  • Elevação das incertezas globais sobre o rumo da economia;
  • Aumento da inflação, com o encarecimento dos produtos importados;
  • Redução no consumo e no comércio internacional, devido à elevação dos preços;
  • Risco de recessão global, caso o conflito tarifário se intensifique.
Destaques no cenário doméstico

No Brasil, além dos movimentos do mercado financeiro, a agenda econômica desta terça-feira inclui o envio ao Congresso Nacional do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para o ano de 2026, medida que deve atrair a atenção de analistas e investidores nas próximas sessões.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Relatório Agro Mensal do Itaú BBA Analisa o Mercado de Algodão em 2024

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O mercado de algodão segue um cenário de contrastes, com a cotação internacional em queda, enquanto o mercado interno brasileiro experimenta valorização. De acordo com o relatório Agro Mensal, divulgado pela Consultoria Agro do Itaú BBA, o algodão, após apresentar uma queda significativa em Nova Iorque, mostra sinais de recuperação no Brasil, impulsionado por fatores como a entressafra e o aumento nos prêmios de exportação.

Queda no mercado internacional e recuperação no Brasil

Em 2024, o algodão viu uma queda de 1% na NYBOT em março, seguida de uma redução adicional de 0,5% na primeira quinzena de abril, atingindo o valor de USDc 65,5/lb. A diminuição dos preços reflete uma projeção de mercado global mais abastecido, agravada pela guerra comercial e temores de uma possível recessão global. Os Estados Unidos, o maior mercado de têxteis e vestuário, e a China, o maior importador de algodão, são diretamente afetados por essa instabilidade, com as tarifas impostas pela guerra comercial impactando o mercado de forma negativa.

No entanto, o mercado interno brasileiro de algodão tem apresentado resistência. Em março, os preços subiram 2%, e na primeira metade de abril, a alta foi de 0,7%, chegando a R$ 4,01/lb em Rondonópolis. O período de entressafra e o aumento nos prêmios de exportação ajudaram a impulsionar os preços internos, que chegaram a USDC 4/lb em março, contra USDC -14/lb no mesmo mês de 2024.

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Expectativas para a safra 2024/25

A produção de algodão no Brasil para a safra 2024/25 deve ser recorde. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou para cima suas estimativas de produção, com um aumento de 1,8%, o que poderá resultar em uma safra de 3,9 milhões de toneladas, um crescimento de 5,1% em relação à safra anterior. As exportações também devem bater recordes, com previsão de 3 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 7% sobre a temporada anterior. Até o momento, o Brasil já exportou 2,2 milhões de toneladas, um aumento de 13,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

Produção e exportações da China

No cenário mundial, a China se destaca com uma produção de algodão estimada em 7 milhões de toneladas para a safra 2024/25, representando um aumento de 17% em relação à safra anterior e atingindo o maior volume em mais de uma década. Esse aumento fará com que a China produza mais de um quarto do algodão mundial e, consequentemente, reduza sua necessidade de importação da pluma. A previsão é que as importações chinesas de algodão caiam de 3,3 milhões de toneladas para 1,4 milhão de toneladas na próxima safra.

Desafios nos Estados Unidos e impacto nas exportações globais

Nos Estados Unidos, a área plantada de algodão deve sofrer uma redução de 500 mil hectares (-11%) para a safra 2025/26, devido à competição com outras culturas, como o milho, e à seca severa que atinge o Texas, estado responsável por 30% da produção de algodão do país. Além disso, a guerra tarifária com a China, que impôs tarifas de 125% sobre as importações de algodão dos EUA, deve reduzir a demanda por produtos de algodão dos Estados Unidos, favorecendo outros produtores, como o Brasil, que pode preencher a lacuna deixada pelos americanos no mercado global.

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Perspectivas globais

Embora o Brasil se beneficie da redução na produção de algodão nos Estados Unidos, os riscos de uma recessão global podem pesar sobre a demanda e impactar negativamente os preços da pluma. A forte correlação entre o preço do algodão e a atividade econômica torna o mercado vulnerável às incertezas econômicas, tanto nos países consumidores quanto nas nações produtoras.

O relatório conclui que, apesar de desafios globais, o Brasil tem se destacado como um fornecedor resiliente no mercado de algodão, com boas perspectivas para a safra 2024/25, especialmente com a expectativa de novos recordes nas exportações.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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