O mercado de algodão no Brasil, no mês de novembro, registrou uma comercialização fraca, com transações ocorrendo de forma pontual e preços que se mantiveram estáveis ou ligeiramente mais altos. Segundo a Safras Consultoria, o produtor se posicionou de forma cautelosa, enquanto a indústria local, mais competitiva em relação ao algodão importado, negociava conforme sua necessidade, com prazos de pagamento de até 30 dias.

Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da pluma de algodão na última quinta-feira (28) foi de R$ 123,53 por arroba, equivalente a R$ 3,74 por libra-peso. Esse valor representou uma leve alta de 0,87% em comparação à semana anterior, quando o preço era de R$ 122,47 por arroba (ou R$ 3,70 por libra-peso). No entanto, em relação a outubro, houve uma desvalorização de 1,36%, já que o algodão estava sendo comercializado a R$ 125,23 por arroba (ou R$ 3,79 por libra-peso).

No mercado paulista, o preço do algodão CIF (custo, seguro e frete) esteve entre R$ 3,97 e R$ 4,00 por libra-peso. Em comparação com a cotação da semana anterior (21 de novembro), quando o preço era de R$ 3,94 por libra-peso, houve uma valorização de 0,76%. Porém, na comparação com o mesmo período de outubro, os preços apresentaram uma queda de 1%, quando o algodão estava cotado a R$ 4,01 por libra-peso.

Valorização dos Coprodutos em Mato Grosso

Os coprodutos do algodão em Mato Grosso apresentaram valorização na última semana de novembro, atingindo os maiores patamares do ano. O caroço de algodão foi negociado por R$ 736,02 por tonelada, um aumento de 1,77% em relação à semana anterior. Este foi o maior preço semanal registrado em 2024. A torta de algodão também teve alta de 0,92%, sendo precificada em R$ 760,56 por tonelada, enquanto o óleo de algodão fechou a semana a R$ 5.062,14 por tonelada, o maior valor semanal desde maio de 2023.

O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) destaca que, até outubro de 2023, restavam 21,07% da produção total de caroço de algodão no estado para ser comercializada, o que mantém as expectativas de aumento nos preços para as próximas semanas.

Fonte: Portal do Agronegócio