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Mercado de Milho Registra Alta nos Preços em Novembro, mas Perde Força na Segunda Quinzena

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O mercado brasileiro de milho manteve preços firmes e uma oferta restrita por parte dos produtores durante a maior parte de novembro, com a demanda por parte dos consumidores se mantendo elevada. No entanto, segundo a Safras Consultoria, a partir do dia 20 o cenário começou a mudar. Regiões como São Paulo e Paraná apresentaram uma redução no número de compradores, influenciados por especulações climáticas e pela necessidade dos produtores de liberar espaço nos armazéns para a nova safra de soja, prevista para o início de 2025.

A programação de embarques de milho teve um bom desempenho ao longo do mês, com a paridade de exportação favorecendo avanços nos negócios, especialmente devido à desvalorização do real frente ao dólar. Contudo, o cenário internacional mostrou um ritmo mais lento à medida que o mês se aproximava do fim, com quedas mais acentuadas nas últimas semanas.

Perspectivas para Dezembro

Para dezembro, a Safras Consultoria destaca que o clima no Brasil e as movimentações de compra e venda serão os principais pontos de atenção. Esses fatores podem gerar novos movimentos de preços para o milho, tanto no mercado interno quanto no externo.

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Preços Internos

No Brasil, o preço médio da saca de milho foi cotado a R$ 72,02 em 28 de novembro, registrando uma alta de 1,88% em relação aos R$ 70,70 de outubro. No mercado disponível, em Cascavel (PR), o preço caiu 1,43%, de R$ 70,00 para R$ 69,00.

Em Campinas (SP), a cotação teve uma queda de 2,56%, de R$ 78,00 para R$ 76,00, enquanto na região da Mogiana paulista houve uma queda de 1,32%, de R$ 76,00 para R$ 75,00. Em Rondonópolis (MT), o preço aumentou 6,25%, de R$ 64,00 para R$ 68,00, enquanto em Erechim (RS) houve um aumento de 2,67%, de R$ 75,00 para R$ 77,00.

Em Minas Gerais, o preço se manteve em R$ 66,00 em Uberlândia, e em Rio Verde (GO), o preço da saca foi cotado a R$ 67,00, registrando uma alta de 1,52% em relação ao final de outubro.

Exportações

As exportações brasileiras de milho geraram uma receita de US$ 728,36 milhões em novembro, com uma média diária de US$ 52,03 milhões. O volume total exportado foi de 3,46 milhões de toneladas, com média diária de 247,35 mil toneladas. O preço médio da tonelada foi de US$ 210,30.

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Em comparação com novembro de 2023, os números indicam uma queda de 38% no valor médio diário da exportação, uma redução de 33,2% na quantidade média diária exportada e uma desvalorização de 7,2% no preço médio. Esses dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Mercado de café segue volátil com incertezas sobre tarifas dos EUA, clima no Brasil e queda nos estoques

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O mercado internacional de café voltou a registrar forte volatilidade na última semana, com movimentos irregulares nas cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). A falta de avanços concretos sobre a possível isenção das tarifas norte-americanas sobre as importações do Brasil, aliada às incertezas climáticas e à redução dos estoques certificados, manteve os investidores cautelosos e os preços instáveis.

De acordo com o consultor da Safras & Mercado, Gil Barabach, o cenário atual reflete a ausência de novidades relevantes e a influência da rolagem de contratos futuros, que tem acentuado os movimentos especulativos.

“Havia expectativa de que a reunião entre Lula e Trump resultasse na retirada da tarifa de 50% sobre o café brasileiro, mas até o momento nada mudou. O produto nacional continua pagando essa taxa para entrar nos Estados Unidos”, destacou Barabach.

Estoques certificados recuam e reforçam pressão nos preços

A queda dos estoques certificados na Bolsa de Nova York é outro fator que vem sustentando a volatilidade. Segundo Barabach, o volume total está em 418 mil sacas, sendo menos de 14 mil de origem brasileira.

Conforme reportagem da Reuters, tradings estão enviando cerca de 150 mil sacas de café arábica do Brasil para armazéns da bolsa na Europa, aproveitando o diferencial de preços. O movimento é motivado pelo fato de o mercado interno brasileiro não acompanhar a valorização internacional, tornando a entrega física mais lucrativa para os exportadores.

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Essa dinâmica, somada à rolagem dos contratos de dezembro/25, tem aumentado a tensão entre os operadores, segundo o consultor.

“O ambiente reforça o nervosismo e amplia o risco de novas oscilações. Mesmo que o movimento esteja parcialmente descolado do mercado físico, ele afeta os preços globais, reduz a liquidez e alimenta as incertezas”, observou Barabach.

Tarifas dos EUA alteram fluxo global e sustentam preços internacionais

As tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos ao café brasileiro transformaram a dinâmica do comércio mundial da bebida. O país, que é o maior comprador de café do mundo, taxou seu principal fornecedor, responsável por mais de 30% do abastecimento norte-americano, o que gerou desequilíbrio nas negociações e sustentação artificial nos preços internacionais.

Barabach ressalta que o cenário se agravou pela entressafra em outras origens produtoras, deixando o Brasil praticamente isolado na oferta global. A tentativa de compensar o déficit com cafés da Colômbia, América Central, África e Ásia — incluindo robustas — não foi suficiente para suprir a demanda.

Como resultado, os diferenciais de venda dispararam. O café colombiano, por exemplo, chegou a ser negociado com ágio superior a +30 centavos de dólar por libra-peso no porto de Buenaventura, segundo o especialista.

Clima e floradas no Brasil mantêm incerteza sobre safra 2026

Além das tensões comerciais, o clima no Brasil segue como fator determinante para o comportamento dos preços. Após a abertura das floradas da safra 2026, o mercado observa com atenção o pegamento dessas flores, que depende de chuvas regulares nas principais regiões produtoras.

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Barabach explica que, após o movimento altista iniciado em agosto, impulsionado pelas tarifas, e a consolidação dos ganhos em setembro, o mês de outubro foi marcado por estabilidade com preços ainda elevados.

“As tarifas continuam em vigor, e as floradas diversas no Brasil adiam qualquer estimativa mais precisa sobre o potencial produtivo da safra 2026, o que mantém o ambiente de incerteza”, afirmou.

Perspectivas: decisão sobre tarifas pode definir rumo do mercado

Com estoques reduzidos nos Estados Unidos e a proximidade do inverno no Hemisfério Norte, período de maior consumo, a indústria norte-americana pressiona por uma solução sobre as tarifas. Uma eventual isenção poderia trazer estabilidade e maior previsibilidade aos preços.

Enquanto isso, o avanço das exportações de países como Vietnã, Colômbia, Etiópia e América Central tende a aliviar o abastecimento global. Paralelamente, os “crop tours” da nova safra brasileira devem ganhar força ao longo de novembro, oferecendo as primeiras indicações sobre o potencial produtivo de 2026.

“O mercado ainda espera sinais mais claros. Por enquanto, evita assumir uma direção definida”, concluiu Barabach.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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