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Mercado do açúcar inicia semana em queda com temores de guerra comercial global

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Preocupações geopolíticas pressionam o mercado internacional de açúcar

Os contratos futuros de açúcar iniciaram a semana em baixa nas principais bolsas internacionais, influenciados pelo temor de investidores quanto aos desdobramentos de uma possível guerra comercial. Analistas ouvidos pela Reuters destacam que a apreensão com o impacto negativo sobre o crescimento econômico global e, consequentemente, sobre a demanda por commodities, tem contribuído para a desvalorização dos preços.

Nova York: contratos futuros registram queda

Na ICE Futures, em Nova York, o contrato de açúcar bruto com vencimento em maio de 2025 foi negociado a 17,87 centavos de dólar por libra-peso, queda de 13 pontos ou 0,7% em relação à sessão anterior. O contrato com vencimento em julho de 2025 recuou 14 pontos, sendo negociado a 17,69 cts/lb. Os demais contratos variaram negativamente entre 1 e 11 pontos, com exceção de março/27, que encerrou o pregão com alta de 2 pontos, e outubro/26, que manteve a estabilidade.

Londres: leve alta no vencimento mais próximo, demais em queda

Na ICE Futures Europe, em Londres, o contrato de açúcar branco com vencimento em maio/25 fechou o dia em alta de 4,40 dólares, cotado a US$ 527,40 por tonelada. Os demais contratos encerraram o pregão com desvalorização, variando entre 1,10 e 6 dólares por tonelada.

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Mercado interno: açúcar cristal registra valorização

No mercado brasileiro, o Indicador Cepea/Esalq, da USP, apontou alta no preço do açúcar cristal. A saca de 50 quilos foi negociada nesta segunda-feira (14) a R$ 142,35, ante os R$ 141,59 registrados na sexta-feira, representando uma valorização de 0,54%.

Etanol hidratado: preços voltam a subir após três dias de queda

O etanol hidratado também apresentou alta no Indicador Diário Paulínia após três sessões consecutivas de recuo. O biocombustível foi negociado a R$ 2.807,50 o metro cúbico nesta segunda-feira, contra os R$ 2.804,50 registrados na última sexta-feira, um avanço de 0,11% no período.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Mercado de café segue volátil com incertezas sobre tarifas dos EUA, clima no Brasil e queda nos estoques

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O mercado internacional de café voltou a registrar forte volatilidade na última semana, com movimentos irregulares nas cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). A falta de avanços concretos sobre a possível isenção das tarifas norte-americanas sobre as importações do Brasil, aliada às incertezas climáticas e à redução dos estoques certificados, manteve os investidores cautelosos e os preços instáveis.

De acordo com o consultor da Safras & Mercado, Gil Barabach, o cenário atual reflete a ausência de novidades relevantes e a influência da rolagem de contratos futuros, que tem acentuado os movimentos especulativos.

“Havia expectativa de que a reunião entre Lula e Trump resultasse na retirada da tarifa de 50% sobre o café brasileiro, mas até o momento nada mudou. O produto nacional continua pagando essa taxa para entrar nos Estados Unidos”, destacou Barabach.

Estoques certificados recuam e reforçam pressão nos preços

A queda dos estoques certificados na Bolsa de Nova York é outro fator que vem sustentando a volatilidade. Segundo Barabach, o volume total está em 418 mil sacas, sendo menos de 14 mil de origem brasileira.

Conforme reportagem da Reuters, tradings estão enviando cerca de 150 mil sacas de café arábica do Brasil para armazéns da bolsa na Europa, aproveitando o diferencial de preços. O movimento é motivado pelo fato de o mercado interno brasileiro não acompanhar a valorização internacional, tornando a entrega física mais lucrativa para os exportadores.

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Essa dinâmica, somada à rolagem dos contratos de dezembro/25, tem aumentado a tensão entre os operadores, segundo o consultor.

“O ambiente reforça o nervosismo e amplia o risco de novas oscilações. Mesmo que o movimento esteja parcialmente descolado do mercado físico, ele afeta os preços globais, reduz a liquidez e alimenta as incertezas”, observou Barabach.

Tarifas dos EUA alteram fluxo global e sustentam preços internacionais

As tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos ao café brasileiro transformaram a dinâmica do comércio mundial da bebida. O país, que é o maior comprador de café do mundo, taxou seu principal fornecedor, responsável por mais de 30% do abastecimento norte-americano, o que gerou desequilíbrio nas negociações e sustentação artificial nos preços internacionais.

Barabach ressalta que o cenário se agravou pela entressafra em outras origens produtoras, deixando o Brasil praticamente isolado na oferta global. A tentativa de compensar o déficit com cafés da Colômbia, América Central, África e Ásia — incluindo robustas — não foi suficiente para suprir a demanda.

Como resultado, os diferenciais de venda dispararam. O café colombiano, por exemplo, chegou a ser negociado com ágio superior a +30 centavos de dólar por libra-peso no porto de Buenaventura, segundo o especialista.

Clima e floradas no Brasil mantêm incerteza sobre safra 2026

Além das tensões comerciais, o clima no Brasil segue como fator determinante para o comportamento dos preços. Após a abertura das floradas da safra 2026, o mercado observa com atenção o pegamento dessas flores, que depende de chuvas regulares nas principais regiões produtoras.

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Barabach explica que, após o movimento altista iniciado em agosto, impulsionado pelas tarifas, e a consolidação dos ganhos em setembro, o mês de outubro foi marcado por estabilidade com preços ainda elevados.

“As tarifas continuam em vigor, e as floradas diversas no Brasil adiam qualquer estimativa mais precisa sobre o potencial produtivo da safra 2026, o que mantém o ambiente de incerteza”, afirmou.

Perspectivas: decisão sobre tarifas pode definir rumo do mercado

Com estoques reduzidos nos Estados Unidos e a proximidade do inverno no Hemisfério Norte, período de maior consumo, a indústria norte-americana pressiona por uma solução sobre as tarifas. Uma eventual isenção poderia trazer estabilidade e maior previsibilidade aos preços.

Enquanto isso, o avanço das exportações de países como Vietnã, Colômbia, Etiópia e América Central tende a aliviar o abastecimento global. Paralelamente, os “crop tours” da nova safra brasileira devem ganhar força ao longo de novembro, oferecendo as primeiras indicações sobre o potencial produtivo de 2026.

“O mercado ainda espera sinais mais claros. Por enquanto, evita assumir uma direção definida”, concluiu Barabach.

Fonte: Portal do Agronegócio

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