AGRONEGÓCIO

Mercados chineses operam com pouca variação à espera de definições sobre tarifas dos EUA

Publicado em

Principais índices da China encerram sessão próximos da estabilidade

Os principais índices acionários da China encerraram o pregão desta terça-feira (15) com variações discretas, refletindo a postura cautelosa dos investidores diante da incerteza quanto à política comercial dos Estados Unidos. O índice CSI300 registrou alta de 0,06%, enquanto o índice SSEC, de Xangai, avançou 0,15%, após um dia de negociações em faixa estreita.

Mercado de Hong Kong acompanha tendência moderada

O índice Hang Seng, de Hong Kong, também encerrou o dia em leve alta de 0,23%, após oscilar entre perdas e ganhos ao longo da sessão.

Tensão comercial entre EUA e China pressiona setor de tecnologia

O ambiente de incerteza foi acentuado pela intensificação das investigações do governo dos Estados Unidos sobre as importações de chips semicondutores, sob o argumento de segurança nacional. A medida ocorre após a exclusão de certos produtos tecnológicos chineses da lista de tarifas elevadas, que, segundo autoridades norte-americanas, deverão ser substituídas por um novo conjunto de tributos.

Leia Também:  A Transformação do Trabalho na Agricultura: Impactos da Agricultura 4.0

Com isso, as ações de empresas do setor de semicondutores registraram quedas expressivas. O subíndice de produtos eletrônicos do CSI recuou 1,1%, devolvendo os ganhos obtidos na véspera. No mercado de Hong Kong, o índice Hang Seng Tech caiu 0,7%, com destaque para a fabricante de chips SMIC, que teve queda de 4,5%.

Especialistas alertam para volatilidade nas decisões tarifárias

“A situação tarifária entre os EUA e a China é altamente fluida, com mudanças ocorrendo quase a cada hora”, afirmou Yan Wang, estrategista-chefe de mercados emergentes e da China na consultoria Alpine Macro. Segundo ele, o elevado nível de incerteza no curto prazo não favorece uma postura agressiva dos investidores em relação às ações chinesas.

Panorama dos principais mercados asiáticos
  • Tóquio: o índice Nikkei subiu 0,84%, encerrando aos 34.267 pontos.
  • Hong Kong: o índice Hang Seng teve alta de 0,23%, aos 21.466 pontos.
  • Xangai: o índice SSEC avançou 0,15%, aos 3.267 pontos.
  • China Continental: o índice CSI300 teve leve alta de 0,06%, aos 3.761 pontos.
  • Seul: o índice Kospi valorizou-se em 0,88%, atingindo 2.477 pontos.
  • Taiwan: o índice Taiex subiu 1,77%, alcançando 19.857 pontos.
  • Cingapura: o índice Straits Times avançou 2,14%, fechando aos 3.624 pontos.
  • Sydney: o índice S&P/ASX 200 registrou leve alta de 0,17%, aos 7.761 pontos.
Leia Também:  Desafios iniciais: Algodão em pluma registra preços em declínio devido à baixa liquidez

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Relatório Agro Mensal do Itaú BBA Analisa o Mercado de Algodão em 2024

Published

on

O mercado de algodão segue um cenário de contrastes, com a cotação internacional em queda, enquanto o mercado interno brasileiro experimenta valorização. De acordo com o relatório Agro Mensal, divulgado pela Consultoria Agro do Itaú BBA, o algodão, após apresentar uma queda significativa em Nova Iorque, mostra sinais de recuperação no Brasil, impulsionado por fatores como a entressafra e o aumento nos prêmios de exportação.

Queda no mercado internacional e recuperação no Brasil

Em 2024, o algodão viu uma queda de 1% na NYBOT em março, seguida de uma redução adicional de 0,5% na primeira quinzena de abril, atingindo o valor de USDc 65,5/lb. A diminuição dos preços reflete uma projeção de mercado global mais abastecido, agravada pela guerra comercial e temores de uma possível recessão global. Os Estados Unidos, o maior mercado de têxteis e vestuário, e a China, o maior importador de algodão, são diretamente afetados por essa instabilidade, com as tarifas impostas pela guerra comercial impactando o mercado de forma negativa.

No entanto, o mercado interno brasileiro de algodão tem apresentado resistência. Em março, os preços subiram 2%, e na primeira metade de abril, a alta foi de 0,7%, chegando a R$ 4,01/lb em Rondonópolis. O período de entressafra e o aumento nos prêmios de exportação ajudaram a impulsionar os preços internos, que chegaram a USDC 4/lb em março, contra USDC -14/lb no mesmo mês de 2024.

Leia Também:  Queda nos Preços do Café em Razão das Previsões de Chuvas no Brasil
Expectativas para a safra 2024/25

A produção de algodão no Brasil para a safra 2024/25 deve ser recorde. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou para cima suas estimativas de produção, com um aumento de 1,8%, o que poderá resultar em uma safra de 3,9 milhões de toneladas, um crescimento de 5,1% em relação à safra anterior. As exportações também devem bater recordes, com previsão de 3 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 7% sobre a temporada anterior. Até o momento, o Brasil já exportou 2,2 milhões de toneladas, um aumento de 13,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

Produção e exportações da China

No cenário mundial, a China se destaca com uma produção de algodão estimada em 7 milhões de toneladas para a safra 2024/25, representando um aumento de 17% em relação à safra anterior e atingindo o maior volume em mais de uma década. Esse aumento fará com que a China produza mais de um quarto do algodão mundial e, consequentemente, reduza sua necessidade de importação da pluma. A previsão é que as importações chinesas de algodão caiam de 3,3 milhões de toneladas para 1,4 milhão de toneladas na próxima safra.

Desafios nos Estados Unidos e impacto nas exportações globais

Nos Estados Unidos, a área plantada de algodão deve sofrer uma redução de 500 mil hectares (-11%) para a safra 2025/26, devido à competição com outras culturas, como o milho, e à seca severa que atinge o Texas, estado responsável por 30% da produção de algodão do país. Além disso, a guerra tarifária com a China, que impôs tarifas de 125% sobre as importações de algodão dos EUA, deve reduzir a demanda por produtos de algodão dos Estados Unidos, favorecendo outros produtores, como o Brasil, que pode preencher a lacuna deixada pelos americanos no mercado global.

Leia Também:  A Transformação do Trabalho na Agricultura: Impactos da Agricultura 4.0
Perspectivas globais

Embora o Brasil se beneficie da redução na produção de algodão nos Estados Unidos, os riscos de uma recessão global podem pesar sobre a demanda e impactar negativamente os preços da pluma. A forte correlação entre o preço do algodão e a atividade econômica torna o mercado vulnerável às incertezas econômicas, tanto nos países consumidores quanto nas nações produtoras.

O relatório conclui que, apesar de desafios globais, o Brasil tem se destacado como um fornecedor resiliente no mercado de algodão, com boas perspectivas para a safra 2024/25, especialmente com a expectativa de novos recordes nas exportações.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

CUIABÁ

MATO GROSSO

POLÍCIA

FAMOSOS

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA