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Novembro Histórico no Mercado de Café: Preços Alcançam Níveis Recordes

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O mercado internacional de café viveu um mês de novembro inesquecível, com preços atingindo patamares históricos. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), o café arábica registrou os maiores níveis em 47 anos, superando US$ 3,20 a libra-peso. Em Londres, o robusta também alcançou recordes, e no mercado físico brasileiro os preços dispararam, com o arábica ultrapassando os R$ 2.100,00 por saca.

A principal causa dessa valorização é a crescente preocupação com a safra de 2025 no Brasil. A prolongada seca e as altas temperaturas no cinturão cafeeiro brasileiro, que afetam regiões produtoras chave como o Sul e o Cerrado de Minas Gerais, bem como a Mogiana paulista, resultaram em graves danos às floradas, comprometendo o potencial produtivo do café. Desde outubro, muitas floradas não vingaram, o que indica perdas severas para a próxima safra.

Gil Barabach, consultor da Safras & Mercado, ressalta que a base de sustentação para o mercado de café reside no pessimismo crescente sobre o potencial da safra de arábica no Brasil, devido ao fraco desenvolvimento das floradas. “As floradas, que estavam vistosas em outubro, não se desenvolveram adequadamente. Muitas flores caíram ou não se formaram, resultado da falta de energia da planta, prejudicada pela seca prolongada e pelas temperaturas acima da média, que se estenderam de abril a outubro. As regiões de Minas Gerais e São Paulo foram as mais afetadas, com níveis críticos de umidade não vistos desde a seca de 1981”, comenta Barabach.

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Esse cenário negativo tem levado à revisão para baixo das estimativas de produção, com a percepção de uma safra menor impulsionando os preços do arábica. Além disso, a demora na colheita de robusta no Vietnã, cujas condições também são desfavoráveis, tem impactado o mercado, com a demanda aquecida pela temporada fria no Hemisfério Norte. A alta no preço do cacau também influencia o mercado de café, resultando em uma valorização ainda maior.

Em novembro, o café arábica para março de 2025 teve uma alta de 31,6% na Bolsa de Nova York, subindo de R$ 245,50 a saca no final de outubro para R$ 323,05 no fechamento de 27 de novembro. Em Londres, o robusta acumulou alta de 27,4% no período.

No mercado físico brasileiro, os preços do café arábica ultrapassaram os R$ 2.000,00 por saca para as melhores qualidades, com os cafés mais finos superando a marca de R$ 2.200,00 por saca. Já o café conilon capixaba é negociado a cerca de R$ 1.750,00 a saca. Barabach observa que, mesmo com os preços elevados, muitos produtores continuam hesitando em vender, apostando em uma valorização ainda maior, impulsionados pelo pessimismo sobre a safra 2025.

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“O momento do ano normalmente leva os produtores a estarem menos ativos no mercado, devido a questões fiscais, e eles continuam esperando uma alta nos preços. No entanto, exportadores estão mais ativos, aproveitando o momento para fechar posições mais curtas, e a indústria doméstica também está buscando aumentar suas posições, temendo a escassez de produto devido ao forte fluxo de exportação e aos baixos estoques”, conclui Barabach.

No atual cenário, o tamanho da safra de 2025 será determinante para o mercado, e os produtores devem monitorar as condições de suas lavouras e as oportunidades de negociação, especialmente em relação à próxima safra.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Geração Própria Solar Enquadrada no REIDI Impulsiona a Transição Energética, Afirma ABSOLAR

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A recente inclusão de projetos de geração própria solar, na categoria de minigeração distribuída, no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (REIDI) representa um avanço significativo na transição energética do Brasil. A decisão, anunciada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) na última semana, visa aumentar a atratividade dos sistemas solares no país, beneficiando consumidores e impulsionando a adoção de energia limpa.

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) considera o enquadramento como um passo importante para o crescimento da fonte solar no Brasil. De acordo com a entidade, a publicação de três portarias na semana passada, que englobam 15 projetos de minigeração distribuída solar, proporciona incentivos fiscais para a construção e instalação de sistemas solares.

Rodrigo Sauaia, presidente executivo da ABSOLAR, explica que as portarias são o resultado de um trabalho contínuo com o MME e a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) desde 2022. Ele destaca que o REIDI, estabelecido pela Lei nº 14.300/2022, facilita a implementação dos projetos, tornando-os mais viáveis e competitivos, o que traz benefícios tanto para os consumidores quanto para a cadeia produtiva da energia solar. “A minigeração distribuída solar é uma oportunidade para democratizar o acesso à energia renovável e sustentável, ao mesmo tempo em que contribui para as metas climáticas do Brasil”, afirma Sauaia.

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Embora a aprovação das primeiras portarias seja um marco importante, a ABSOLAR observa que ainda existem projetos aguardando aprovação no REIDI. Para avançar nesse processo, a entidade planeja, em parceria com o MME, a realização de um workshop voltado ao setor, visando aprimorar práticas e facilitar a submissão de projetos.

Outro desafio destacado pela ABSOLAR é a busca por soluções de financiamento que viabilizem os projetos de minigeração distribuída solar. A entidade continua a trabalhar para promover o diálogo entre investidores, autoridades e empreendedores, superando obstáculos e ampliando os benefícios da energia solar no Brasil.

O mercado de geração própria solar no Brasil, que já superou os R$ 156 bilhões em investimentos e conta com uma capacidade instalada de 33 gigawatts (GW) em residências, comércios, indústrias e propriedades rurais, é responsável pela criação de mais de 990 mil empregos verdes desde 2012. Além disso, contribuiu com mais de R$ 46,7 bilhões em arrecadação aos cofres públicos.

O que é o REIDI

O Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (REIDI) é um programa do Governo Federal destinado a fomentar projetos de infraestrutura em áreas estratégicas como energia elétrica, transportes e saneamento. Os projetos aprovados no REIDI recebem isenções tributárias sobre a aquisição de bens e serviços para a implementação dos empreendimentos, o que reduz custos e aumenta a viabilidade financeira das iniciativas.

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Portarias Aprovadas
  • Portaria Nº 2.872/SNTEP/MME, de 3 de dezembro de 2024
  • Portaria Nº 2.874/SNTEP/MME, de 4 de dezembro de 2024
  • Portaria Nº 2.875/SNTEP/MME, de 5 de dezembro de 2024

As portarias e os projetos aprovados podem ser acessados diretamente no site do Ministério de Minas e Energia (MME).

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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