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Rabobank analisa decisão do Copom: Selic elevada para 12,25% com postura mais rígida do esperado

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O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, de forma unânime, elevar a taxa Selic para 12,25% ao ano, com um aumento de 100 pontos-base (p.b.), superando as expectativas do mercado, que apontavam para um ajuste de 75 p.b. Essa análise foi destacada pelo Rabobank em seu estudo sobre o panorama macroeconômico brasileiro, intitulado “Copom mais hawkish que o esperado”, elaborado pelos especialistas Maurício Une e Renan Alves.

Deterioração das expectativas inflacionárias

As expectativas de inflação projetadas pelos agentes econômicos mostraram deterioração em diversos horizontes temporais. Para 2024, a projeção subiu de 4,6% na reunião anterior para 4,8%. Para 2025, houve aumento de 4,0% para 4,6%. O mesmo movimento foi observado no segundo trimestre de 2026, com a projeção passando de 3,8% para 4,1%, e até mesmo em 2027, onde o índice foi ajustado de 3,5% para 3,6%.

O Copom incorporou essas perspectivas ao elevar sua projeção de inflação para o horizonte relevante da política monetária (2º trimestre de 2026) para 4,0%, um aumento de 30 p.b. em relação à reunião de novembro e 100 p.b. acima da meta. Isso, mesmo considerando as expectativas de mercado de que a Selic atinja 13,75% até maio de 2025 e permaneça estável no segundo semestre do mesmo ano.

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Projeção de nova elevação da Selic

Com base na postura mais rígida (hawkish) adotada pelo Copom, o Rabobank agora prevê que a taxa Selic alcance 15,00% em 2025, superior à projeção anterior de 13,00%. Essa perspectiva inclui duas elevações de 100 p.b., seguidas por um ajuste de 50 p.b. na reunião de maio de 2025 e um último incremento de 25 p.b. em junho de 2025.

Os especialistas destacam que cortes na taxa de juros só devem ocorrer a partir de 2026, caso as expectativas de inflação comecem a convergir para a meta de 3,0% definida pelo Banco Central.

Perspectivas futuras e próximos passos do Copom

A divulgação da ata desta reunião, prevista para a próxima terça-feira, e do Relatório de Inflação do 4º trimestre de 2024, na quinta-feira, trará detalhes adicionais sobre a postura do Banco Central. Esses documentos devem revelar a lógica por trás das decisões do Copom, incluindo sua análise das condições econômicas e os fatores que influenciam as expectativas de inflação.

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A análise do Rabobank destaca que a postura do Copom reflete uma preocupação crescente com o cenário inflacionário, reforçando uma política monetária mais restritiva para conter os riscos à estabilidade econômica.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Fiscalização do Pix não Afetará Autônomos e Uso de Cartões de Crédito Compartilhados, Afirma Receita Federal

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A Receita Federal esclareceu que o reforço na fiscalização do Pix não trará impactos negativos para os trabalhadores autônomos nem para aqueles que compartilham o cartão de crédito com a família. Em resposta a dúvidas frequentes nas redes sociais, o órgão explicou como as novas regras de monitoramento afetam a movimentação financeira desses grupos, destacando que a medida tem como foco combater fraudes e crimes, sem prejudicar a vida dos contribuintes.

Autônomos: Monitoramento das Movimentações já é Prática Comum

De acordo com a Receita, os trabalhadores autônomos, como pedreiros e eletricistas, podem realizar transações via Pix para compra de materiais sem preocupações, mesmo que o valor movimentado ultrapasse R$ 5 mil. O Fisco já monitora a diferença entre custos e faturamento desde 2003, por meio do cruzamento de dados financeiros e notas fiscais. Portanto, as transações relacionadas à compra de insumos, como materiais de construção, não serão tratadas como rendimento tributável.

A Receita ilustrou com um exemplo hipotético: um pedreiro que cobra R$ 1 mil por um serviço, mas recebe R$ 4 mil do cliente para a compra de material. Mesmo que a transação seja realizada via Pix, o valor de R$ 4 mil será identificado como compra na loja de materiais, e a receita tributável será limitada ao valor recebido pelo serviço, ou seja, os R$ 1 mil. Esse tipo de movimento já é monitorado e não gera problemas para o trabalhador.

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Cartões de Crédito Compartilhados: A Fiscalização Não Mudou

A Receita também abordou a questão de contribuintes que compartilham o cartão de crédito com a família e cuja fatura excede o valor de seu salário. O Fisco garantiu que isso não resultará em problemas de fiscalização, pois esse tipo de monitoramento já ocorre há mais de 20 anos. As informações sobre os gastos com cartão de crédito são amplamente monitoradas pela Receita desde 2003, e não há mudanças nas regras que impactem negativamente esse grupo de contribuintes.

Microempreendedores: Alternativa Legal para Autônomos

A Receita Federal também reforçou as opções disponíveis para os autônomos, como o registro como microempreendedor individual (MEI). Desde 2008, essa possibilidade permite que o profissional contribua para a Previdência Social e recolha tributos estaduais e municipais de forma simplificada.

Objetivo da Fiscalização: Combate ao Crime e Simplificação para o Contribuinte

Por fim, o órgão destacou que as novas regras têm o objetivo principal de combater crimes como a lavagem de dinheiro e fraudes com o uso do Pix, sem afetar os trabalhadores. A Receita também afirmou que a automação do processo de coleta de informações facilita a vida do contribuinte, pois visa a simplificação do sistema tributário, tornando-o mais eficiente.

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“A Receita Federal está cada vez mais automatizando o processo de coleta de dados, como os do Pix, para evitar que os cidadãos se preocupem com a fiscalização. A intenção é simplificar, não complicar a vida de ninguém”, concluiu o Fisco.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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