AGRONEGÓCIO

Soja recua em Chicago com início do plantio nos EUA e forte queda do farelo

Publicado em

Cotações em baixa na Bolsa de Chicago

O mercado da soja iniciou esta terça-feira (15) em queda na Bolsa de Chicago. Por volta das 7h20 (horário de Brasília), os principais contratos futuros registravam perdas entre 5,50 e 6 pontos. O vencimento de maio era cotado a US$ 10,35 por bushel, enquanto o de agosto valia US$ 10,38 por bushel.

Desvalorização do farelo influencia o grão

A pressão negativa sobre os preços da soja acompanha mais uma vez a forte queda do farelo, que recuava mais de 1% nesta manhã. Já o óleo de soja operava com leve estabilidade, embora ainda em terreno negativo, após um forte tombo registrado na sessão anterior.

Plantio nos Estados Unidos pressiona cotações

Além da queda nos derivados, os traders seguem atentos ao início da nova safra 2025/26 nos Estados Unidos. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), até o último domingo (13), 2% da área de soja já havia sido plantada. O número ficou abaixo da expectativa do mercado, que era de 3%, e também do percentual registrado no mesmo período do ano passado. A média para os últimos cinco anos é de 2%.

Leia Também:  DATAGRO: Exportações brasileiras de carnes renovam máximas históricas anuais em volume embarcado pelo 5º ano consecutivo no fechamento de 2023
Clima no Meio-Oeste sob observação

As atenções do mercado se voltam agora para as condições climáticas no Meio-Oeste norte-americano, região responsável por grande parte da produção de grãos dos EUA. Até o momento, o clima tem se mostrado satisfatório, apesar de ocorrências pontuais comuns a cada ciclo produtivo. Essas variações podem trazer mais volatilidade aos preços nas próximas sessões.

Comercialização na América do Sul no radar

Os negócios com soja no Brasil e na Argentina também seguem no foco dos operadores. Na Argentina, a recente unificação do câmbio e o fim do chamado “dólar blend” por parte do governo poderiam estimular as vendas externas. No entanto, os produtores argentinos parecem estar priorizando o avanço da colheita, favorecida por uma trégua nas chuvas.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Relatório Agro Mensal do Itaú BBA Analisa o Mercado de Algodão em 2024

Published

on

O mercado de algodão segue um cenário de contrastes, com a cotação internacional em queda, enquanto o mercado interno brasileiro experimenta valorização. De acordo com o relatório Agro Mensal, divulgado pela Consultoria Agro do Itaú BBA, o algodão, após apresentar uma queda significativa em Nova Iorque, mostra sinais de recuperação no Brasil, impulsionado por fatores como a entressafra e o aumento nos prêmios de exportação.

Queda no mercado internacional e recuperação no Brasil

Em 2024, o algodão viu uma queda de 1% na NYBOT em março, seguida de uma redução adicional de 0,5% na primeira quinzena de abril, atingindo o valor de USDc 65,5/lb. A diminuição dos preços reflete uma projeção de mercado global mais abastecido, agravada pela guerra comercial e temores de uma possível recessão global. Os Estados Unidos, o maior mercado de têxteis e vestuário, e a China, o maior importador de algodão, são diretamente afetados por essa instabilidade, com as tarifas impostas pela guerra comercial impactando o mercado de forma negativa.

No entanto, o mercado interno brasileiro de algodão tem apresentado resistência. Em março, os preços subiram 2%, e na primeira metade de abril, a alta foi de 0,7%, chegando a R$ 4,01/lb em Rondonópolis. O período de entressafra e o aumento nos prêmios de exportação ajudaram a impulsionar os preços internos, que chegaram a USDC 4/lb em março, contra USDC -14/lb no mesmo mês de 2024.

Leia Também:  Produção de Etanol de Milho no Brasil Deve Quase Dobrar Até 2032, Preveem Especialistas do Citi
Expectativas para a safra 2024/25

A produção de algodão no Brasil para a safra 2024/25 deve ser recorde. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou para cima suas estimativas de produção, com um aumento de 1,8%, o que poderá resultar em uma safra de 3,9 milhões de toneladas, um crescimento de 5,1% em relação à safra anterior. As exportações também devem bater recordes, com previsão de 3 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 7% sobre a temporada anterior. Até o momento, o Brasil já exportou 2,2 milhões de toneladas, um aumento de 13,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

Produção e exportações da China

No cenário mundial, a China se destaca com uma produção de algodão estimada em 7 milhões de toneladas para a safra 2024/25, representando um aumento de 17% em relação à safra anterior e atingindo o maior volume em mais de uma década. Esse aumento fará com que a China produza mais de um quarto do algodão mundial e, consequentemente, reduza sua necessidade de importação da pluma. A previsão é que as importações chinesas de algodão caiam de 3,3 milhões de toneladas para 1,4 milhão de toneladas na próxima safra.

Desafios nos Estados Unidos e impacto nas exportações globais

Nos Estados Unidos, a área plantada de algodão deve sofrer uma redução de 500 mil hectares (-11%) para a safra 2025/26, devido à competição com outras culturas, como o milho, e à seca severa que atinge o Texas, estado responsável por 30% da produção de algodão do país. Além disso, a guerra tarifária com a China, que impôs tarifas de 125% sobre as importações de algodão dos EUA, deve reduzir a demanda por produtos de algodão dos Estados Unidos, favorecendo outros produtores, como o Brasil, que pode preencher a lacuna deixada pelos americanos no mercado global.

Leia Também:  Exportações de Milho do Brasil Caem 47% em Relação a 2023
Perspectivas globais

Embora o Brasil se beneficie da redução na produção de algodão nos Estados Unidos, os riscos de uma recessão global podem pesar sobre a demanda e impactar negativamente os preços da pluma. A forte correlação entre o preço do algodão e a atividade econômica torna o mercado vulnerável às incertezas econômicas, tanto nos países consumidores quanto nas nações produtoras.

O relatório conclui que, apesar de desafios globais, o Brasil tem se destacado como um fornecedor resiliente no mercado de algodão, com boas perspectivas para a safra 2024/25, especialmente com a expectativa de novos recordes nas exportações.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

CUIABÁ

MATO GROSSO

POLÍCIA

FAMOSOS

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA