Policiais civis da Delegacia de Aripuanã prenderam em flagrante, nesta segunda-feira (03.02) o autor de um homicídio ocorrido horas antes, em uma região de garimpo do município.
A equipe da delegacia foi acionada por volta das 06h40 informada do homicídio que vitimou Leonardo Costa da Silva, 39 anos. A vítima foi morta no garimpo da Coopemiga, a golpes de foice.
Os investigadores seguiram ao local onde ocorreu o crime para apurar informações sobre o assassinato. Conforme uma testemunha ouvida pela equipe, durante a madrugada Leonardo estava em um bar da região, quando o autor do crime, F.A.F., de 27 anos, chegou e, sem qualquer discussão o golpeou a vítima três vezes, sem que a vítima pudesse se defender.
Os policiais civis realizaram diligências na região e conseguiram localizar o suspeito em um núcleo habitacional na cidade. Indagado sore a arma usada no homicídio, ele indicou aos investigadores o local no garimpo onde escondeu a foice.
O suspeito foi encaminhado à Delegacia de Aripuanã, preso e autuado em flagrante por homicídio qualificado. Ele será apresentado em audiência de custódia na comarca local.
A investigação da Gerência e da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (GCCO/Draco) sobre um esquema de extorsão contra comerciantes de Várzea Grande apurou que duas advogadas foram colocadas a serviço de uma facção criminosa para fiscalizar o depoimento de vítimas e testemunhas à Polícia Civil.
As duas profissionais foram alvos de mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais, cumpridos na segunda-feira (10.2), durante a deflagração da Operação A César o que é de César. As advogadas também tiveram decretados o afastamento dos sigilos bancários.
A investigação da GCCO/Draco investiga o esquema, liderado por dois integrantes da facção, para extorquir comerciantes instalados no centro popular de comércio (camelódromo) de Várzea Grande, exigindo o pagamento de uma taxa de 5% sobre o faturamento mensal das lojas, sob a ameaça de terem seus estabelecimentos incendiados. A Polícia Civil iniciou a apuração em novembro do ano passado, após receber denúncias de que os comerciantes estavam sendo coagidos pelos criminosos.
As ameaças se estenderam ainda para que as vítimas e testemunhas fossem coagidas a serem acompanhadas pelas duas advogadas, durante oitivas na GCCO, sem que eles tivessem solicitado os serviços advocatícios. Desta forma, a GCCO também apura no inquérito policial o crime de embaraço à investigação.
A investigação apurou que os faccionados ameaçavam as vítimas dizendo que, caso fossem intimadas pela Polícia Civil, deveriam negar os fatos e anunciaram que seria enviado um advogado para acompanhá-las com o objetivo de impedir o livre depoimento.
O esquema de extorsão e ameaças é liderado pelo criminoso O.R, conhecido pelo apelido de Shelby. Ele e o principal comparsa foram presos durante a operação. O.R. se apresentava como “disciplina” da facção ao abordar os lojistas e, junto com os cúmplices, monitoravam as rotinas e mantinham presença constante nos estabelecimentos, sob o pretexto de oferecer “segurança”.
Diante da recusa das vítimas em fazer os pagamentos, o grupo recorria a ameaças de morte, violência física e incêndios criminosos contra os comerciantes, funcionários e familiares.
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