Saúde

Ministro da Saúde empossa novos diretores da ANS e reforça integração entre SUS e saúde suplementar

Publicado em

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, empossou nesta quarta-feira (17) os novos diretores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e defendeu maior integração entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e a saúde suplementar. A cerimônia, realizada em Brasília (DF), marcou a posse do diretor-presidente, Wadih Damous, e da diretora de Normas e Habilitação dos Produtos (DIPRO), Lenise Secchin.

O ato contou com a presença de autoridades como o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski; o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta; o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Leandro Safatle; o diretor-presidente do Grupo Hospitalar Conceição, Gilberto Barichello; e o deputado federal Paulo Pimenta (PT/RS), entre outros. 

Na ocasião, Padilha ressaltou a importância da integração entre os dois sistemas de saúde, reforçando a visão de complementaridade. “Um não existe sem o outro. Qualquer pensamento que busque separar ou criar antagonismos entre o Sistema Único de Saúde e a saúde suplementar não tem fundamento. Um depende do outro para se desenvolver e crescer.” 

Ele destacou ainda a saúde como motor de desenvolvimento do país, conectando o cuidado da população ao fortalecimento da economia nacional. “Separados, nós não vamos crescer. Juntos, SUS e saúde suplementar podem garantir o direito à saúde e, ao mesmo tempo, impulsionar o Complexo Econômico-Industrial da Saúde, fundamental para reduzir desigualdades e fortalecer a soberania do Brasil”, disse Padilha.  

Leia Também:  Inep publica lista final dos aprovados no Revalida 2023

Durante o discurso de posse, o novo diretor-presidente da ANS, Wadih Damous, reafirmou o compromisso da gestão em fortalecer a integração entre o setor suplementar e o SUS. Ao citar o programa Agora Tem Especialistas, ressaltou a importância da iniciativa como medida de cidadania e de alívio ao sistema público. 

“Quero estar na ANS junto com o ministro Padilha para tocar esse programa, que se traduz em construção de cidadania. Conclamo todo o setor regulado a participar e colaborar na consolidação dessa iniciativa, que desafoga o SUS, garante acesso a milhões de brasileiros e fortalece a lógica de uma saúde verdadeiramente suplementar e integrada”, afirmou Wadih Damous. 

 Já a diretora de Normas e Habilitação dos Produtos, Lenise Secchin, destacou a relevância do fortalecimento do SUS e o papel complementar da saúde suplementar no atendimento à população. Ela também enfatizou a importância de uma regulação baseada na ciência, mas aberta à escuta da sociedade. “Todas as incorporações que a Agência faz são técnicas e científicas, mas sempre ouvindo também a sociedade. Essa escuta e esse acolhimento precisam ser considerados na regulação econômica e social, porque saúde é um direito e precisa ser respeitada”.  

Leia Também:  Campanha alerta sociedade sobre alergia alimentar

Taís Nascimento 
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

Saúde

Saúde da mulher: SUS avança no cuidado integral e equidade

Published

on

Ao longo dos 35 anos do Sistema Único de Saúde (SUS), a assistência à mulher foi marcada por avanços significativos associados à expansão da Estratégia Saúde da Família (eSF) e à ampliação do acesso à Atenção Primária à Saúde (APS). Entre os destaques, estão os progressos na saúde sexual e reprodutiva, com oferta de diferentes métodos contraceptivos, a ampliação da cobertura do pré-natal e as ações voltadas à prevenção do câncer e outras condições crônicas.

As mulheres representam a maioria da população do país: são mais de 104 milhões de brasileiras. Elas representam 75% da força de trabalho no serviço público de saúde, de acordo com dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).

Em Caruaru (PE), a agente comunitária de saúde Marivania Maria dos Santos destaca como os avanços do SUS mudaram o cuidado e ampliaram a qualidade na saúde da mulher. “Sou de um tempo em que precisávamos acompanhar nossa mãe até à cidade, a pé ou de jumento, para ela fazer um exame ginecológico simples. Hoje, as mulheres têm a oportunidade de serem atendidas aqui na UBS da zona rural. A comunidade tem acesso à consulta, profissionais capacitados e equipe multiprofissional”, frisa.

Foto: arquivo pessoal
Foto: arquivo pessoal

Políticas e programas que fazem a diferença

Em 2011, novas conquistas se destacaram com a estruturação das linhas de cuidado materno-infantil. Entre elas: o fortalecimento do pré-natal humanizado, a promoção do parto seguro, o incentivo ao aleitamento materno, a ampliação das casas da gestante e dos centros de parto normal, além da garantia da presença de acompanhantes e a implantação de boas práticas obstétricas.

Leia Também:  Doações de sangue e plaquetas para o Inca crescem 6,5%

A estudante e moradora de Taguatinga (DF), Ana Luiza Arantes Lima, fez acompanhamento em uma UBS durante toda a gestação e pós-parto. Ela conta que teve muita dificuldade durante a amamentação e foi na unidade básica que conseguiu o auxílio necessário. “Cheguei na UBS desesperada e fui prontamente atendida. A enfermeira me orientou e deu muito suporte emocional. Segui amamentando e fui doadora de leite materno.  É ótimo saber que temos essa assistência prestada de uma forma tão cuidadosa e especial, e, o principal, gratuita”.

O Brasil conta com a maior e mais complexa rede de banco de leite do mundo, que é uma iniciativa do Ministério da Saúde por meio do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). No total, são 226 bancos distribuídos em todos os estados do país e no Distrito Federal.

Foto: Rodrigo Nunes/MS
Foto: Rodrigo Nunes/MS

Com foco na redução da mortalidade materna por causas evitáveis no Brasil, principalmente das mulheres pretas e indígenas, em 2023, foi lançada a Rede Alyne. Esta é a principal estratégia para reorganizar a rede de serviços materno-infantis do país, com atenção às populações em maior situação de vulnerabilidade.

Leia Também:  Estudo da UFF investiga prática da automutilação por adolescentes

Outra iniciativa para promoção à saúde é o Programa Dignidade Menstrual, que garante a oferta gratuita de absorventes menstruais e prevê ações de enfrentamento à desinformação e de conscientização sobre a menstruação enquanto fenômeno natural que deve ser acolhido e cuidado.

Cuidado integral para todas

O SUS, enquanto política pública universal, se consolidou como uma conquista fundamental para a saúde das mulheres, como instrumento de redução das desigualdades de gênero e uma agenda governamental prioritária que promove cuidado integral e equitativo para as mulheres brasileiras.

Moradora de Salvador (BA), Nathalia de Souza Nunes é uma mulher trans que construiu uma relação de confiança com a equipe de saúde da UBS quando iniciou seu processo de hormonização, em 2019. “Na minha unidade, sempre estiveram junto comigo na minha luta. Fui muito acolhida, tive momentos de alegria e sempre pude conversar sobre qualquer assunto com as enfermeiras. A equipe me apoiou para mudar o nome no cartão SUS e indicaram quais unidades de saúde eu deveria procurar para continuar meu atendimento. Se hoje sei onde buscar ajuda no SUS é graças a essa equipe”, conta Nathalia.

Agnez Pietsch
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

CUIABÁ

MATO GROSSO

POLÍCIA

FAMOSOS

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA